Senhores, senhoras, amigos e irmãos: nossos agradecimentos a vocês que estiveram conosco no transcorrer de 2003. Foi um grande estímulo e os convidamos, de coração para tantos outros corações, para estarmos juntos novamente nesta peleja pelejada que é a Divulgação da Doutrina do Cristo inserida no Grande Evangelho de João, coroação das demais Obras transmitidas a Jacob Lorber.

A cada dia que passa mais o homem quer conhecer o Cristo; essa busca desesperada, esse anseio pela Verdade se prolonga há mais de dois mil anos. Querem informações concretas, sobre o Misterioso Nazareno, “o que ou Quem Se oculta atrás D’Ele?”

Para sanar todas as lacunas, o Pai vem novamente em nosso socorro e nos dá o Seu Verbo Revelado, sem alegorias, sem parábolas. Revela-nos segredos inéditos de Sua Natureza Intrínseca, Sua Criação e vários pontos do Velho Testamento, através de uma linguagem simples, direta, sem erudição, porque Ele assim O é! Hoje, nos são reveladas grandes maravilhas ocorridas na gruta, e até mesmo alguns temores de José: “O que nos acontecerá quando o mundo souber o que aqui se passou?” Maria expressa-se corajosamente: “Se Ele quiser que o mundo nos descubra qual seria o lugar que os Seus Céus não nos descobririam?” – Com isto abria-se a visão de todos, que viram a imensidade de anjos descerem dos Céus. 

Meus caros irmãos, a hora é chegada para o verdadeiro conhecimento de Deus e da Vida Eterna, e a máxima bem-aventurança dos espíritos perfeitos não deriva de Sua Personalidade mui simples, mas no conhecimento cada vez mais claro e perfeito de Suas infinitas Perfeições em Suas Obras, sem número e medida. Donde se conclui que o reconhecimento da Divindade de Jesus é condição para se amar a Deus sobre todas as cousas, dilatando o âmbito da nossa visão interior, e o realmente Divino N’Ele Se projetará dentro de nós. Então, diremos como Pedro no Tabor: “Como é bom estarmos aqui” – Não se referia ao local físico, mas o “aqui” diz respeito à visão do seu espírito que vê desaparecer diante de si Sua Personalidade despretensiosa, na mesma proporção em que surge a Grandiosidade do Seu Espírito refletida em Suas Obras. Eis o verdadeiro sentido da Transfiguração de Jesus no Monte Tabor. –

Tudo Lhe é possível, dizemos; mas criar um outro “Eu” perfeitamente igual a Mim, diz Jesus, não posso, como não Me é possível gerar outro Espaço Infinito. O espírito mais perfeito não pode atingir a potência de Luz dentro de Mim, nem abarcar os limites do Espaço Infinito, e mais, contar as horas das eras infindas. Com relação a esses três fenômenos, o espírito humano pode se apossar de conceitos cada vez mais dilatados, sem atingir o fim dos mesmos. O nosso destino não é a perfeição, só Um o é, mas o aperfeiçoamento. Seria esta a razão de ter Moisés dito “que nenhum ser poderia ver Deus em Seu Ser Intrínseco e continuar vivo”? –

E Platão? Pesquisando a Natureza de Deus, disse: “Adormecendo vi a Orla da Veste de Deus! Tudo era Luz, um mar de luz, e eu nela me encontrava completamente dissolvido. Somente o meu Amor para com a Divindade conservou a minha consciência” – Imediatamente, quiseram a opinião de Jesus a respeito do que dissera aquele filósofo. “Platão tinha razão, mas apenas para o seu tempo! Porque a partir de agora tudo será diferente.” Por que? Ele Mesmo testemunha de Si: “Porque Me envolvi com um corpo, a fim de não mais Me apresentar como Deus Invisível, Incompreensível, Intocável! Mas Qual HOMEM, com o Qual podereis falar e conviver, transformando-vos não só em Meus filhos, mas amigos e irmãos. Julgo estarem todos satisfeitos com esta Dádiva de Minha Parte”!!

Meus caros, por que nos escandalizarmos com tais revelações? Paulo não disse que N’Ele habitava e habita Fisicamente a Plenitude da Divindade? – E não consta: “Eis que Eu faço tudo de novo”? “As cousas velhas passaram (referindo-Se à Lei antiga do Deus Invisível) e vos anuncio cousas novas.” Não é isto o receber Graça por Graça?

Houve sim, caros irmãos, uma Criação e uma Re-Criação! Mas o testemunho de João prevalecerá para o que foi, é e será eternamente: “No princípio era o Verbo, Deus que Se fez carne e habitou entre nós”. 

Todos possuímos uma dívida a saldar com o Santo e Dadivoso Pai! Dívida de Gratidão eterna! Amém!

Feliz Natal! 

 

Fraternalmente,

Thalízia dos Reis