Por que escolheu Ele esta Terra se existem no Espaço Infinito, sóis centrais, mundos deslumbrantes, muito mais dignos de gerarem os filhos do Altíssimo?
Sua resposta é sempre a mesma: “Gosto de começar pelas pequeninas cousas! No fraco Eu Sou Forte, e no forte Eu Sou Fraco”. Escolheu este orbe, por serem os seus filhos os mais ínfimos e últimos de todo o Universo. Assim, todos poderão D'Ele se aproximar, desde os habitantes planetários mais baixos, aos mais elevados sóis centrais. Trajou-se a Divindade com a veste da mais profunda Humildade, assim todos os seres de Sua Infinita Criação poderão vê-Lo, tocá-Lo sem constrangimentos. Para muitos é difícil assimilar tal empreendimento do Ser Supremo, Deus Mesmo, pois se a nossa alma não se unir à nossa centelha, não penetraremos tais assuntos.
Existe entre este período e todos os demais precedentes, bem como entre esta Terra e todos os demais corpos cósmicos, uma diferença intraduzível. “Tudo será modificado, inclusive esta Terra e este Céu físicos porque, diz Ele, “Eu também Me modificarei, de Invisível tornar-Me-ei Visível, de Impessoal, Personalidade no Homem Jesus”. João afirma que Deus nunca foi visto por alguém. Somente agora as criaturas conseguem o Seu Verdadeiro Conhecimento em Jesus, Deus em plenitude, também na visão de Paulo.
Mas por que o homem continua questionando a Sua Aparição numa forma limitada neste planeta? “Por que tal honra e graça aos terráqueos? Por que Senhor, deitaste o maior peso de ação nas coisas mais ínfimas de Tua Criação?” Para a mente humana tais indagações não podem ser contestadas, mas os exemplos são claros e também não podem ser refutados, senão vejamos: Por que motivo é o fundamento das nossas casas, não raro, mil vezes menor do que toda ela? Por que existem tantas mentiras enquanto no Reino da Verdade só há UMA Verdade Básica? Por que é o gérmen da glande do carvalho, pequena qual grão de areia, entretanto comporta inúmeros carvalhos gigantescos?
Ah, meus caros, na imensa Criação do Nosso Pai existem muitas cousas classificadas por nós como estranhas e dentre elas destaca-se a Sua Encarnação como Homem entre os homens. Isto contradiz a mente humana que rejeita a Humildade de quem é Onipotente. “Ocorre que estas cousas são reveladas aos pequeninos e humildes de coração”. Ademais, o homem se torna um sábio não somente daquilo que ouve e compreende a fundo, mas geralmente daquilo que não assimila. O que entendemos não constitui mais objeto de pesquisas, reflexões, pois o que temos não mais procuramos, descansando na posse adquirida. Por isto ao espírito humano não é conferida a perfeição, mas o aperfeiçoamento. A alma indaga de sua origem, o espírito tem que sair do seu casulo para conferir à sua entidade formal, o conhecimento de sua origem, finalidade e destino, afastando a tríplice cobertura dos nossos olhos.
Sim, Deus Eterno e Infinito, aceitou a Sua Encarnação para o Centro Vital do Seu Ser Divino para nos educar como filhos verdadeiros e reais, ensinando-nos de Própria Boca e Coração o Divino Amor, Sabedoria e Força como Pai Visível e não pela boca dos profetas.
Esse ciclo da Criação mantém esse privilégio e único em todo o Infinito e por toda a Eternidade: entre bilhões de sóis, planetas do Grande Homem Cósmico escolheu Ele precisamente esta Terra. Aqui, o Espírito Divino realizou a Sua Grande Epopéia, como o mais Humilde de todos, transformando o Trono da Justiça em Misericórdia. Esta, fez com que Deus Mesmo Encarnasse, para libertar no mais curto espaço de tempo todos os espíritos algemados ao julgamento necessário da matéria, compêndio de amor próprio, orgulho, egoísmo e tendência de domínio.
Podemos classificar a Sua Obra como Reformação dos Céus e dos mundos. Não consta: “Eis que Eu faço tudo de novo?” Quanta coerência! “Desta Minha Doutrina, o Verbo do Pai, não se perderá uma vírgula, e quando a Terra entrar em convulsões levantarei, entre os muitos chamados, alguns escolhidos, e aos que a esses derem ouvidos, a Terra será um refúgio seguro. Aos demasiados cegos e surdos, não Me reconhecerão como Deus e Pai Eterno! Esses retornarão ao mundo dos espíritos, um outro ambiente de purificação, tão inúmeros na Casa do Meu Pai!” – “Neste momento não se pronuncia o Médico Milagroso de Nazareth! Mas Aquele que habita em Mim desde Eternidade como Pai cheio de Amor e de Misericórdia e Deus Único que diz: Eu Sou o Alfa e o Ômega, o Eterno Princípio e o Fim de todo o Infinito. Não existe outro Deus senão Eu.” Amém! Amém!
Embora Palco de Suas Infinitas Graças, a Terra torna-se também Palco de desamor. As criaturas alcançam grande inteligência e destreza, e todo esse avanço tecnológico não nos tem trazido a paz, a esperança e consolo. Máquinas sofisticadas substituem seres humanos e animais, gerando desemprego, fome, miséria e o terrorismo. É a tecnologia prejudicial? Seria ilógico dizermos que sim. Ocorre que Ele tem os Seus Planos e permite tanta destreza para o nosso bem estar, mas o homem nem sempre os aceita, e segue o seu próprio destino. Dentro de uma justa medida podemos utilizar de todas as conquistas, poupando nossas mãos de trabalhos pesados, assim teremos mais tempo para a edificação e enobrecimento do nosso coração e alma, desfrutando de uma vida plena de Graça, não permitindo que haja entre nós, pobres e miseráveis. ESSE É O PLANO DIVINO, não aceito pelos homens. “Sei o que ocorrerá, diz o nosso Pai, mas não posso interferir com a Minha Onipotência, apenas com a Doutrina”.
Meditemos irmãos, seriamente sobre a nossa existência nesta Terra! Quando o nosso espírito decidiu palmilhar o caminho da carne, ele o fez por uma razão grandiosa: – tornar-se filho do Espírito Divino, e ao nosso espírito Ele diz: “Sede Perfeito como o Vosso Pai!” Ele, o Espírito que estava de costas, vira a sua face buscando a Face do Seu Criador, portanto o pólo oposto à vida de Humildade sente que já perdeu a sua presa! O que hoje não é, amanhã será! A Parábola nos fala de um Pai que saiu ao encontro do filho! “ESSE PAI”, DIZ JESUS, ‘SOU EU!”
Fraternalmente,
Thalízia dos Reis