Naquela época indagaram, e ainda hoje o fazem: “Quem era Aquele a Quem Anjos e elementos obedeciam e de cuja vinda todos os profetas falaram?”
Era um profeta? Não, porque no Seu Peito habita o Espírito D’Aquele que falara aos profetas. Podemos nivelá-Lo aos sábios desta Terra? Também não, porque N’Ele esteve e está a Plenitude da Divindade. Era apenas um iluminado, um mago ou essênio? Não. Se fosse apenas um iluminado, não teria deixado bem claro diante dos judeus a Sua Divindade dizendo: “Eu e o Pai somos Um desde eternidades.” Não era um mago, tanto que nas Bodas de Caná, ao transformar água em vinho, disse que fazia aquilo não por magia, mas pelo Espírito Divino dentro D’Ele. Quanto a ser um essênio, em escavações feitas junto ao Mar Morto, os cientistas comprovaram que Jesus jamais fizera parte daquela casta. “O que faço aprendi com Meu Pai que é o Meu Amor Eterno, e não com os homens.”
Para que não haja dúvidas com relação ao Homem de Nazareth, deixemos que Ele Mesmo testemunhe de Si: Certa feita, indagaram-Lhe: “Senhor e Mestre, quem és Tu, possuidor de tanto Poder e Força? Não és igual a nós, por isto Quem és Tu?”
Irmão, deixe que Sua resposta caia como uma brisa sussurrante em seu coração, conduzindo-o à Majestade Original do Espírito de Jesus neste terceiro milênio. Assim diz Ele: “Quando vês que o dia vai surgir, avermelhando o céu, dizeis: “O sol está prestes a surgir.” Mas a lua cheia também clareia o céu, com uma diferença: sua fraca luz não promete uma aurora nem as flores abrem suas pétalas para receberem um jato frio e morto. As nuvens são bem mais alvas que a lua cheia, mas se não forem seguidas pelo SOL, a Terra teria um aspecto tristonho. O mesmo ocorre no país eterno do espírito.”
João Batista testemunhando do Cordeiro afirma: “Ele é o SOL, eu, a Lua! É preciso que eu diminua para que Ele cresça.”
Ao lado dos que rejeitam a Verdade de que Jesus não veio apenas mostrar o Pai, mas trouxe-O Consigo, surgem aqueles que dimanam o Seu Verbo através dos olhos, coração e palavras. São idênticos às nuvens luminosas anunciadoras da aurora, mas, caso não sejam seguidas pelo SOL os corações das criaturas tornar-se-ão frios, endurecidos, mortos. Quando os primeiros raios do SOL projetam-se sobre as montanhas e vales, pássaros, insetos e escaravelhos entoam hinos de louvor ao Criador, e as flores dos campos abres sua corolas agradecendo ao Doador Celeste.
“Diante desta exposição verdadeira, qual o lugar que Me compete em seu coração? Nem as luzes das estrelas, da lua, nem o brilho dourado das nuvens libertam as algemas da existência presas à matéria desta Terra, conferindo-Lhe Vida livre! ISTO SÓ É POSSÍVEL AO SOL!”
Então, Quem poderá ser Aquele a Quem Anjos e elementos obedeciam e de cuja vinda todos os profetas falaram?
Caro irmão, só pode existir Um Direito de Realeza Divina! A existência de Três Pessoas distintas é tão pouco imaginável quanto a existência de três Espaços Infinitos! O dogma da Santíssima Trindade dificultou às almas o reconhecimento do Ser Intrínseco de Jesus, e quão difícil é fazê-las retornar à Origem da Verdade, fazer a conexão entre a Pessoa Física de Jesus e o Deus de Abraão, Isaac e Jacob. Se Deus conferiu ao homem capacidade de livre movimentação, por que não Lhe assiste o direito de Se encaminhar para nós, transformando Sua Glória em Carne? Diz Ele: “Como Homem carnal, Sou o filho gerado por Mim Mesmo, portanto Meu Próprio Pai.”
Pelas escrituras – incompreendidas por culpa do próprio homem – diz o profeta pela Inspiração Divina: “A Divindade não passará Sua Glória a outrem” – “ E o Verbo Se fez carne, habitando entre nós”, para Pessoalmente nos transmitir os segredos do Seu Reino. E nos deixou esse conselho: – “Na divulgação de minha Doutrina preparem primeiro a razão e o sentimento das criaturas, porque se ambos estiverem compenetrados do Meu Verbo a Fé se tornará viva, atuante, Fé de Rocha! Sem barganhas!”
Caso contrário, a Fé será apenas uma aceitação cega e muda. Tal Fé é tanto quanto nada, porque não vivifica a alma para o despertar do seu espírito.
Que assim seja!
Cordialmente,
Thalízia dos Reis