“Epopeia: ações brilhantes, heróicas!” E o homem é o resultado final de todas as lutas e esforços precedentes de Deus! É a Sua Euritmia, Sua Obra Prima. Iniciaremos com a 1ª Carta de Pedro 1:17-25: “Se invocais como Pai Aquele que sem distinção de pessoas julga a cada um segundo suas Obras, vivei com temor durante todo tempo de vossa peregrinação. Pois sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e ouro, que tendes sido resgatados de vossa conduta vã, herdada de vossos pais, mas pelo Precioso Sangue do Cristo, como o de um Cordeiro Íntegro e Imaculado. Antes da Criação do mundo fora PREDESTINADO e nos últimos tempos se manifestou por amor a vós. Por Ele tendes Fé em Deus que O Ressuscitou dos mortos e o glorificou a fim de que vossa Fé e Esperança estejam em Deus. Em Obediência à Verdade vos purificastes para praticardes um amor fraterno do fundo do coração. Fostes regenerados não de uma semente corruptível, mas pela Palavra de Deus, semente incorruptível, viva e eterna. Porque toda carne é como erva e toda sua glória como a flor da erva. Seca-se a erva e a flor cai, mas a Palavra do Senhor permanecerá para sempre”. 

Caros irmãos, e esta Palavra vos têm sido anunciada como Ele a transmitiu aos primeiros Discípulos. Naquela época Ele falava sobre o Pai por parábolas; hoje, através do Seu Verbo Desvendado, Ele testemunha de Si Mesmo que jamais notaremos diferença entre a Pessoa Física de Jesus e o Deus dos Patriarcas, mas um crescente prazer de saborear os tesouros infinitos do Seu Amor Paternal. O amor não pode existir sem Sabedoria para que possamos realizar Obras da mais profunda Misericórdia. Quando Ele diz: Vinde a Mim, quer dizer, Reconhecei-Me! Como suportar a Sua Presença Considerando-O constantemente como o Ser Supremo, Poderoso do Qual ninguém se pode aproximar e continuar vivendo? Mathael Lhe disse: “Teu Amor é-me o maior consolo onde me equilibro! Mas a Tua Onipotência sinto-A qual imensa guelra a me tragar. Tua Grandiosidade é um mar de fogo, mas Teu Amor, um favo de mel, que arrebata o meu coração e alegra a minha vida. Tenho Razão?” Diz Ele: “Até certo ponto! Quem não Me reconhecer como Deus, não poderá amar-Me de todo coração. Se tivesses observado em Mim ações puramente humanas, amar-Me-ias como o Ser Supremo? Teu amor teria se tornado tão poderoso se não tivesses descoberto o Divino dentro de Mim? Certo que não! Amando-Me como simples homem, bondoso, compreensivo, teu coração jamais se curvaria diante de Mim; não encontrarias assim a razão viva do Teu Deus Vivo! Como vês, meu caro Mathael, não é justo classificares Minha Grandiosidade de mar de fogo e que as criaturas nada terão a ver com isto! Dá-se justamente ao contrário: quando as criaturas viverem através do Meu Amor, Sabedoria e Onipotência serão o que devem ser: Meus Filhos, Amigos e Irmãos pela Minha Humanização, participando com os espíritos felizes de todas as Minhas bem-aventuranças! Eles também se encontram juntos de Mim como tu, só que ocupados nos Espaços Infinitos de Minha Criação”. Desde a Sua manifestação no Sinai, a Divindade já demonstrava o Seu Desejo de não permanecer mais oculta. “Eis os fatores que exigiam a Minha Encarnação: primeiro, os decaídos; segundo, tornar visível a Divindade e coroar a Fé daqueles que não obstante presos à esfera luciférica permaneceram fiéis a Mim”. Eis o mistério de Sua Encarnação. “Algo mais do que os milagres e Mesmo a Minha Palavra tinha que ser feito: vencer a morte com o poder da própria morte!” “Morte, onde estão os teus grilhões? Fostes vencida”, exclamava Paulo. 

“Não te admires Eu te dizer que é necessário a vós nascer de novo”. “Como senhor? Pode o meu espírito conceber outro espírito para um novo nascimento?” Jesus dá ao fator Renascimento Espiritual, a união do espírito humano com o Espírito Original, Deus Mesmo, muito mais importância do que a Reencarnação ou vidas sucessivas. Muitos a julgam como Lei, mas Lei Facultativa, porque tudo depende do livre arbítrio do espírito, seja aqui, além ou alhures! Ao passo que o Renascimento Espiritual, sem o qual não há quem possa se apossar da Vida Eterna é uma Lei Imperativa. O fato de se propagarem tanto as Reencarnações ocorre pelo motivo de desconhecerem esse terceiro elemento, o espírito. Antes da Sua Encarnação justificavam-se as Reencarnações, porque a Criação (alma e espírito) polarizava-se com Lúcifer. Depois que Ele aceitou a carne surgiu uma nova polarização mais útil, digna e durável para toda a Eternidade; esvaneceu-se o antigo, e algo novo surgiu, como disse Jesus: “Eis que Eu faço tudo de novo!” Ele não susta Suas Leis, sustou as Reencarnações pelo espaço de mil anos: “quem vai não volta mais!” Agora, estão encarnando os espíritos primários (Arcanjos) que de há muito aguardam esta oportunidade: palmilhar por onde palmilhou o Seu Senhor! E ninguém melhor para nos falar de sua natureza e destino do que um espírito angelical, aliás, uma Revelação inédita. “Nós anjos, no fundo nada mais somos do que a emanação do espírito Divino; somos Sua Vontade Personificada, nossa boca externa o Seu Verbo e a nossa beleza, um pequeno reflexo de Sua Glória e Majestade jamais concebidos. É Ele infinito em Sua Sabedoria e Onipotência, não podemos abarcá-las, mas no Seu Amor Paternal, encontra-Se entre nós como Homem Limitado. Esse amor é que nos proporciona a possibilidade de nos tornarmos como vós! Até então somos apenas luz e fogo, projetados como Pensamentos criadores pelo Espaço Infinito, plenos de Seu Verbo e Vontade Eterna. Esse Amor é que nos concederá o privilégio de palmilharmos a mesma trilha igualando-nos a vós. Como Anjos, somos Seus Braços e Dedos, tudo que demonstramos é o Próprio Senhor. Ele jamais disse a nós ‘Sede Perfeitos como o vosso Pai’, prometendo-nos realizar coisas mais grandiosas perante o mundo. Disse aos filhos desta Terra. Sua Graça, Amor e Misericórdia, determinarão um caminho para nós, espíritos angelicais, e nos tornaremos idênticos a vós. Por enquanto, sou o que sou e este corpo fictício longe está de ser uma alma substancial repleta de carne e sangue! Ainda não possuo um ‘eu’ individual. O caminho por Ele Próprio ora encetado sê-lo-á por todos os espíritos primários (Arcanjos); isto não de hoje para amanhã, mas pouco a pouco no decorrer da Eternidade”. O ‘quando’ não importa; o que se encontra em evidência dentro da Ordem Divina já é uma realidade para o Coração do nosso Pai. Daí a sustação das Reencarnações; chegou para eles a oportunidade de há muito aguardada! Por isto deu-nos Ele, agora, não antes e nem depois, o Seu Verbo Desvendado, a Luz Completa, e a promessa de purificar artes e ciências. Portanto, fim de tempo, fim de tudo, inclusive a solução definitiva de todos os nossos problemas “kármicos”. E o nosso planeta, denominado “planeta santo” pelos seres dos demais corpos cósmicos, também se prepara intrinsecamente para esta Nova Era! Era do Deus Desvendado! Amém! Amém! 

Para complementar Revelações tão emocionantes, divinas, citaremos Filopoldo, um grego estóico que abrigava o desejo do “não ser”, revoltado contra a Divina Ordem da Vida! É o problema de tantos: “não pedi para nascer!” E o nosso Pai dirige-se a ele: “Pensas que não firmastes um contrato Comigo, Teu Deus e Criador? Aceitastes todas as condições imprescindíveis para a vida neste planeta! A tua idade corpórea ultrapassa o número de grãos de areia de todos os mares! Por um tempo infinito permanecestes no espaço como espírito puro, no teu ser completo e consciência perfeita; juntamente com outros espíritos incontáveis, apreciáveis em toda sua pujança esta vida livre. Em tua última encarnação em um mundo solar, te fora dito por um Anjo que o Grande e Onipotente Espírito Eterno, tomaria carne, usando a Forma Perfeita do homem. Externaste o desejo de ver, ouvir e falar com Aquele que te criou, ciente de todas as condições, inclusive ser destituído da recordação de teu passado em outros mundos. Meu caro Filopoldo, se tudo que lhe digo se baseia na verdade incompreensível ao teu entendimento, como podes afirmar, tão injustamente, não existir contrato entre ti e o Teu Criador?”

Meu caros, o que dizermos com relação a nós? O mesmo que disse Filopoldo: “Senhor, em conseqüência de minha cegueira, pequei tremendamente contra Ti! Agora que me deste a visão tão maravilhosa e eu reconheço Quem Tu És, perdoa-me os pecados cometidos contra Ti e contra meu próximo!”

A todos um Feliz Natal e nossos agradecimentos. Complementando diz Getúlio Targino Lima: “Assim confiou-me o Pai poder trazer estes Louvores do Verbo Revelado”! Ouçamos agora “Amigo, Filho e Irmão”.

 

AMIGO, FILHO, IRMÃO...

 

I

Quando a dor bater à porta do viver

E pareça que ninguém te pode ouvir,

Lembra sempre

Que da cruz

Alguém maior clamou por ti

E de graça concedeu-te o ser.

 

II

Quando os ventos forem fortes vendavais

Destruindo tudo quanto era teu,

Lembra sempre

Que daqui

És habitante e nada mais.

És mordomo e o Senhor sou Eu.

 

III

Quando os planos fracassarem no final

E pareça ser castigo ou punição,

Lembra sempre

Que sou Pai

E que meu zelo paternal

Guarda o filho sempre em sua mão.

 

IV

Quando muitos se abastarem de poder

E tu sofras para conquistar o pão,

Lembra sempre

Que o tesouro

Que te aguarda é remição

Do teu eu pelo meu o próprio SER.

 

ESTRIBILHO

Meu reino é paz

E luz: perdão.

Meu dom te chama

Amigo, filho e meu irmão.

 

 

Fraternalmente,

Thalízia dos Reis.