Assim Jesus classificava os Seus Discípulos, mas eles não entendiam: “Em Verdade Eu sei a razão pela qual sois Meus irmãos: “O Amor e o verdadeiro Bem que preenchem o Espaço Infinito são idênticos em todos os Anjos, espíritos felizes e também em Mim. Estaperfeita semelhança faz de vós Meus irmãos na íntegra”. “Vinde a Mim que sois filhos da Minha Alma e irmãos do Meu Espírito”. Nossa alma surgiu da Luz Original da Sua Sabedoria, e é infinitamente menor do que a Sua Origem, é, portanto, “um filho Meu”. Muitos indagam se a Sua Alma também passou pela evolução anímica. Não, foi Ela projetada diretamente de Deus, assim Sua Alma e Espírito são Incriados. Deus é Espírito Puro envolto de uma Alma também Pura. Mas Deus possui Alma? Consultando os profetas encontramos Amós 6,8 – afirmando: “Jeovah jurou pela sua Própria Alma”. - Jeremias: “Corrige-te Jerusalém para que a Minha Alma não se aparte de ti. Em Provérbios: “Há sete coisas que aborrecem a Alma de Jeovah: 1° Olhos altaneiros – 2° Língua falsa – 3° Mãos que derramam sangue inocente – 4° Corações Ardilosos – 5° Pés que apressam o mal – 6° Falso testemunho – 7° Contenda entre irmãos”. Essa, Ele abomina. E vários outros profetas fazem tais citações.
O fato D’Ele ter aceito a carne (criação luciférica) prova a Sua Humildade, libertando toda matéria do julgamento férreo transformando-a em símbolo de vida. A Cruz que se encontrava inclinada Ele a coloca de pé. Revestindo-Se de um corpo de carne, o Espírito Divino na Figura do Cordeiro de Deus capacita ao conteúdo espiritual da matéria, remoto e condenado, à bem-aventurança. Afirmando Jesus nos trazer vida em abundância, referia-se justamente à espiritualização da matéria. Em Deus existem Sete Espíritos ou Tendências que perfazem o Seu Ser Básico: Amor – Sabedoria – Vontade – Ordem – Rigor – Paciência e Misericórdia, também denominada Brandura. O Espírito que O trouxe até nós, foi justamente O Sétimo, a Misericórdia, possibilitando a todos os espíritos deste e de outros mundos algemados à matéria, libertarem-se no mais curto espaço de tempo. Reformulou Céus e Terra; não consta, “Eis que Eu faço tudo de novo”? A Salvação consiste primeiro na Sua Doutrina depois, na Sua Encarnação, demonstrando “in-totum” o que representa o Seu Eu! “Lutas inimagináveis para a mente humana, tive que travar, porquanto naquela época Eu era Deus de Justiça”. A Própria Divindade teve que Se submeter ao Espírito da Ordem que dantes colaborava apenas na elaboração dos Seus Pensamentos e Idéias. Hoje, a Ordem age mais poderosamente no equilíbrio e harmonia em todos os demais Espíritos e a conseqüência será a completa Salvação não só da matéria, também a emancipação do espírito humano. A eterna e constante projeção harmoniosa dos Sete Espíritos é justamente o que os sábios da antiguidade denominavam de “Guerras de Jeovah”. A Sua Humanização estava prevista desde o início. Levantaram-se os profetas desde os tempos remotos até o Seu Nascimento, demonstrando a maneira, o lugar e a época. Quando chegou o momento, foi despertado um homem (João Baptista, no qual se ocultava o profeta Elias. O ser original de ambos era o Arcanjo Miguel) a fim de anunciar a Sua completa Presença Física nesta Terra, conforme consta em Malaquias 4,5.
Certa feita José, ainda preso às leis judaicas, externa a sua opinião considerando o MENINO JESUS como Filho Perfeito de Deus, não a Divindade Mesma. Dizia ele que sempre houve profetas pelos quais Deus falava sempre na primeira pessoa, como por exemplo: “Sou o Senhor, teu Deus que impele o mar fazendo com que suas ondas se revoltem! Meu nome é Zebaoth”. “Não pode ocorrer o mesmo nesta CRIANÇA? Se fala em idade tão tenra, o mesmo ocorreu com o menino Samuel!” Para surpresa de José, o MENINO JESUS lhe diz: “realmente José, o Senhor falava pela boca dos profetas, sempre na primeira pessoa, mas ignoras o que disse em Isaias (63)?” – “Quem é Este que vem de Edon, com vestidos tintos de Borsa? Ornado com Sua Vestidura, que marcha com sua grande força? SOU EU, que ensino Justiça, poderoso para salvar!!” – “Conheces José, Aquele que vem de Edon, e ora fala contigo? SOU EU, poderoso para salvar!” José cruza as mãos sobre o peito e O adora!
“Chamo-vos de Filhos, Amigos e Irmãos”! Tornamo-nos Amigo, vencendo as exigências da carne que determinam nossas atitudes contrárias à Ordem Divina. “Eu venci o mundo”, diz Jesus. “Submetendo-Me ao obscurecimento, retirei do Meu Espírito da Sabedoria toda sapiência, conhecimentos, razões próprias e QUAL BOM PASTOR, deitei tudo isto no solo do coração, que é o justo amor, adubando-o constantemente com a Humildade e Brandura”. Só assim pôde dizer: “Está tudo consumado”. O Amor de Deus que no Sinai ditou Leis de condenação, no Sermão da Montanha, fala o Mesmo Espírito, em Outra Roupagem e nos transmite as Bem-aventuranças evangélicas. Na Parábola do Juiz Inclemente consta que uma pobre viúva batia incessantemente na sua porta pedindo ajuda. Para livrar-Se de tanta insistência, Aquele Juiz resolve atende-la! Ocorre que hoje não lidamos mais com o Juiz, mas com o Pai Bondoso e Acolhedor, que um dia afastou-Se do Seu Centro Vital de Luz e Vida, jamais atingível por um espírito e veio ao encontro do filho. “Dantes Invisível, Intocável, Incompreensível, Eu era Pai apenas de fato! Hoje, Eu O SOU DE DIREITO”! Amém! Amém!
Fraternalmente,
Thalízia dos Reis